quarta-feira, 18 de maio de 2011

Todos os dias há um qualquer problema, de que minha mãe, de mim precisa, para resolver, minimizar o drama, do que tanto a afecta e faz sofrer. Às vezes, até penso que me irá revelar o fim do mundo ou a morte de alguém muito próximo, daí a uns instantes, nem que seja, do gato da vizinha, ou uma desgraça qualquer, que esteja eminente e que, nem eu, nem mais ninguém, ainda, pressentiu.
«O que foi, mãe?!»
«Ai, filho, o meu telemóvel!»
Achei logo que o teria perdido. Mas, não. A desgraça foi maior; morreu! Afogou-se! Deixou-o cair dentro do balde, por entre água, já suja de limpar o chão da cozinha e uma cremosa e abundante espuma branca, do detergente, que em boa quantidade usara, para realizar uma higiénica e profunda limpeza.
«Ai, filho, eu já estava habituada, aquele telemóvel. E agora?! Será que consigo encontrar um igual? Será muito caro?»
«Tenha calma! Vamos, amanhã, a uma loja, ver um telemóvel novo, para si. Hoje, os telefones celulares móveis, não são caros, são bastante acessíveis e não são um objecto de luxo, só pertença de um extracto social específico, com dinheiro, mas antes um instrumento de comunicação bastante útil, nesta sociedade tecnologicamente evoluída, que facilita muito a vida a todos nós. Quem não tem hoje telemóvel? A diversidade de modelos é que poderá identificar, quem o usa, o escolheu como seu, pelas suas mais diversas características visuais e técnicas. O da mãe, já era bastante antigo, e teremos de procurar um modelo, mais recente, e com um hardware fácil de manusear. Os telemóveis deixaram de ser usados somente para conversação. Podemos enviar mails, tirar fotografias, realizar vídeos, lembram-nos de aniversários, fazem de despertador, gravamos, neles, notas, fazemos contas, convertemos moeda, vemos a todo o momento as horas, ouvimos rádio, músicas... Estes aparelhos estão cada vez mais associados aos computadores, o que se torna na feliz e natural convergência de comunicações.»
«Mas, a mãe, depois não o sabe usar. Quantas mais funções, tiver, pior será para mim.»
«Não, mãe! A mãe usá-lo-á para falar e enviar mensagens, como fazia com o que tinha, mas irá gradualmente explorando o menu e rapidamente se adaptará à linguagem e o saberá manejar e assim, tirar melhor partido. Ao accionar o menu terá todas as indicações. Ao segui-las, chegará depressa ao que pretende. Parece difícil, mas não é. Tudo o que é novo, diferente, temos tendência para a rejeitar, oferecer alguma resistência, arranjando sempre alguma desculpa, para não aceitar e fazer a experiência. A mãe e as suas amigas desculpam-se com a idade, com as vossas limitações… Mas, o vosso problema é insegurança, medo. Preferem não arriscar e os vencer. A mãe devia ir aprender a mexer num computador, ter algumas aulas. Cada vez mais, há pessoas da sua idade, a frequentarem cursos de informática.»
«Então, vais comigo, para me escolheres um telefone celular móvel, ajudares.»
«Sim, mãe! Irei escolher um telemóvel da 3ª geração, último modelo, para si!»
«Da 3ª geração?!»
«Estava a brincar consigo! Sim, da 3ª geração! Quero dizer um aparelho moderno, actual! Apesar de brevemente podermos ter acesso à rede 4G; outra evolução. Telefone que combinará com um conjunto de interfaces na sua utilização. Cada vez mais se confundirá telefone e computador. E terá melhor, será mais rápida, a comunicação, haverá mais informação, com menor gasto de energia.
Ainda mais inovação?! Estão sempre a inventar! Faz-me tanta confusão os telemóveis; telefones sem fios! Ainda não percebi como funcionam.»
«A tecnologia dos telefones móveis só é possível graças à aplicação das ondas electromagnéticas, que são uma combinação de um campo eléctrico com um magnético, que se propagam em simultâneo no espaço. É, portanto, um aparelho de comunicação por ondas electromagnéticas, que permite a transmissão bidireccional de voz e dados utilizáveis, numa área geográfica, que se encontra dividida por células e cada uma delas está servida por um transmissor e receptor.»
«Percebi, filho! Amanhã, não te esqueças! Já não consigo passar sem telemóvel!»
«Sim, mãe! Mas vai ter de tirar mais proveito do telemóvel. Por que ele não serve só para fazer chamadas, ou escrever mensagens e recebê-la. Eu uso-o, para escrever memorandos, como despertador, calculadora, para me alertar sobre aniversários reuniões…E há uma linguagem nova, por parte de quem os usa, principalmente criada pelos mais novos; Smileys, acrónimos, siglas e abreviaturas…Tirar fotografias às suas amigas, quando está a jogar às cartas, e não só… É divertido e útil.»

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