A minha mãe resolveu inscrever-se num instituto, para aprender a lidar com o computador. Depois, da conversa que tivemos, ela encheu-se de coragem e decidiu abraçar as tecnologias de informação e comunicação. E lá fui eu, com ela comprar um computador, para pôr em prática tudo o que aprende nas aulas.

«Mãe, a transmissão de informação através de redes de computadores e meios de comunicação são fundamentais, para, nos nossos dias, nos facilitar a vida, as tarefas, seja em casa, seja no trabalho, nas escolas… Tem como objectivo promover a cultura e a formação essencial ao desenvolvimento da sociedade de informação e a propor ao colectivo uma visão estratégica. Quando a mãe à noite, vê o Jornal da Noite, toda a informação que lhe chega, também é vista, por milhões de pessoas, algumas vivem no fim do mundo, para lá do sol-posto, não só através da televisão, mas também das redes de computadores.»

«De um dia para o outro, conseguiste-me despertar a curiosidade, o interesse, para algo, que eu nunca pensei dar a mínima atenção.»

«Um computador é um instrumento muito útil, que serve para receber e processar informação. Temos a informática; a aplicação de computadores para o processamento de informação e a burótica.»

«Burótica?!»

«Sim, burótica, que trata de conceber, adaptar e utilizar os meios informáticos, devidamente articulados, nos mais diversos serviços, seja de instituições, escolas, empresas…Actua no tratamento de informação que essas instituições precisam de trabalhar. E para tal podem ter necessidade de montar uma rede de computadores, instalar e articular software específico e necessário, para a manipulação da informação em questão; utilizar modems, faxes, ou modem-faxe, para trocar informação para o exterior. Quando eu trabalhava na empresa de construção, as TIC favoreceram imenso a organização e a gestão da empresa. Uma carta que antes era escrita, numa máquina de escrever, por exemplo, levando imenso tempo, com a possibilidade de haver erros e ter de ser escrita de novo, passou a ser escrita num ecrã, emenda-se, guarda-se na memória, não se gasta tanto papel, pode-se arquivar no computador, sem ocupar espaço físico. E a rapidez com que se acede à informação, ao documento, é praticamente espontânea. A celeridade no processamento é também visivelmente útil em situações de cálculo matemático. Lembra-se, mãe, das máquinas de calcular? Hoje, há programas, que introduzindo os dados, as respectivas parcelas, contabiliza, de acordo com o pedido, seja ele total ou parcial, etc. O que anteriormente levaria muito tempo, exigiria mais trabalho e atenção, agora rapidamente se acede a um arquivo, resultado, em segundos. E a mãe, hoje, vai a qualquer serviço e tudo está informatizado, facilitando o rápido acesso à informação, a desburocratização, simplificando, sendo eficaz, rápido. Há serviços que estão on-line, com bastante qualidade na sua prestação. A mãe se precisar de uma certidão de nascimento, pode pedi-la, entrando num determinado site e seguindo as instruções, relativamente ao pedido, sem ser necessário deslocar-se à conservatória onde está registada.»

«E como funciona um computador?»

«O computador é constituído por três grandes subsistemas; a unidade central de processamento, a memória e os dispositivos de entrada, saída e mistos. Estes componentes constituem o Hardware do computador. Para funcionar precisa de um motor, que faça avançar o processamento de informação, de espaço para armazenamento e dos mecanismos para receber e transmitir a informação. Depois temos o Software, que diz respeito ao conjunto de programas, que servem para comandar e programar o computador. O Hardware por si não tem possibilidade de fornecer qualquer resultado útil, limitando-se a ser um conjunto passivo de componentes electrónicos que espera que o software lhe dê instruções para desenvolver qualquer actividade, por que o software é constituído pelos programas necessários ao funcionamento do hardware.»

«O meu professor também já me tinha dado essa explicação! Mas o que me interessa, agora, é saber mexer e tirar o máximo partido, no computador.»

«Vá, com calma, mãe. Devagar se vai ao longe.»