quarta-feira, 18 de maio de 2011

A Rosa é uma pessoa que impõe um ritmo diferente e desde que trabalha na empresa, ela contribuiu para que muito mudasse e melhorasse. Uma boa profissional, eficiente, organizada, boa colega, sempre disponível a ajudar e a colaborar e sempre com ideias inovadoras e conseguindo ser convincente. Ela foi a grande dinamizadora, aqui, para que se começasse a fazer reciclagem, separação de lixo… E conseguiu contagiar toda a empresa e até os clientes e fornecedores que nos visitam.
Eu cheguei a aceitar o convite, jantar em sua casa e conhecer a Margarida. Margarida é engenheira do ambiente e trabalhava na altura no Ministério do Ambiente e estava à frente de um grupo de trabalho, preocupado em resolver as questões dos resíduos sólidos, das lixeiras…Ao jantar o assunto foi ecologia. Então, aí, percebi, o quanto fora importante a influência de Margarida, na voluntariosa luta que Rosa, tão bem travava.
«Vocês nem imaginam, a quantidade de lixo que cada um produz por dia. Deveremos ter a consciência de que o planeta está cada vez mais poluído e que deveremos contribuir cada um de nós para o seu equilíbrio, não esquecendo que para reduzir o lixo também deveremos estar mais atentos quando consumimos. Deveremos reduzir o número de embalagens, evitar alimentos embalados, usar os sacos das compras mais de uma vez…»
Ela no escritório, estava sempre atenta às folhas de papel já usadas e a reutilizá-las, fazia um tipo de blocos, para notas, e obrigava o pessoal a utilizá-los até nas reuniões. Cheguei a ver um dos administradores a rabiscar num deles numa reunião com um cliente de peso.
Quando as visitei gostei imenso da casa, pela originalidade da decoração. Muitos dos objectos foram comprados em lojas de mobílias usadas ou achados no lixo, mas ninguém diria. Eu achava, se não me tivessem dito que teria sido um bom arquitecto de interiores a fazer a decoração e que algumas peças teriam a assinatura de um desses famosos, designer de mobiliário. Claro que, os móveis sofreram algumas modificações, uns foram pintados, outros acrescentados, a outros retiram-se portas, gavetas, pés… Não havia naquela casa uma cadeira, que fosse igual à outra, todas de estilos diferentes, com cores diferentes… Só vendo! Com muito bom gosto!
A Rosa no escritório chegou a restaurar uma secretária, que o patrão queria deitar fora, por já se encontrar “inoperativa”. Passou a ser a mais bonita e funcional.
«Temos de ser criativos, produzir novos objectos, de outros já existentes, mas que nos cansaram, não estão em bom estado… A reciclagem é um bom método que contribuiu para a diminuição da quantidade de resíduos, poupando também os recursos energéticos e naturais. Aqui, no escritório e em vossas casas o facto de separarmos correctamente o lixo, para posterior recolha e transporte até às unidades recicladoras, estamos a contribuir para, que, todos esses resíduos tenham aproveitamento; o papel, o cartão darão outro papel, os resíduos metálicos serão fundidos e serão fabricadas novas peças, o vidro dará outro vidro, o plástico transformado e moldado será novamente….»
O mundo está a mudar e nós deveremos também fazê-lo. Com o que consumimos, bem ou mal, mas o lixo que deitamos fora, é impressionante, não havendo Terra, que suporte muito mais e que seja um planeta aprazível e habitável à espécie humana. Daí tanta campanha que é desenvolvida pelo meios de comunicação social, os constantes alertas para os problemas de saúde pública e a necessidade premente de que se tome consciência de todo este problema, na defesa do planeta, antes de nós, e o dever, a responsabilidade que deverá ser incutida a cada um desde cedo. Muitos programas de televisão, desenhos animados, programas infantis, já têm uma linguagem estimulando a novos hábitos, comportamentos, ao reaproveitamento do lixo, com fins até criativos. Tenho um amigo, meu, artista plástico, que faz obras de arte, por aproveitamento de resíduos variados. E nota-se que toda a publicidade feita na televisão é direccionada para as camadas mais jovens; crianças e adolescentes. Eles absorvem melhor a mensagem e cumprem-na à risca, obrigando os pais e os avós também a corresponder.

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